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Morro na Ilha implora por água potável

As torneiras da casa do servente Jorge José dos Santos, 54 anos, não sentem a pressão da água da Casan há três meses, no Morro do Quilombo, na Ilha. Os moradores desta localidade, no Bairro Itacorubi, são abastecidos por caminhões-pipa, que passam sem uma periodicidade. Mas a conta de água do servente chegou com um consumo de R$ 38,20.

Jorge mora, há 45 anos, na região numa casa que fica a cem metros da represa. Ele não se conforma de não ter água com regularidade e, mesmo assim, ter que pagar uma fatura que considera alta.

– É um milagre ter água na torneira e somente alguns dias a caixa enche à noite. Eu ainda consigo me virar porque estou na perícia e, quando o caminhão-pipa chega, eu estou em casa para encher a minha caixa de água de 500 litros – disse.

O servente vive com os dois filhos e conta que os banhos não podem durar mais de cinco minutos. Ele também armazena água no tanque para lavar a roupa e outras urgências. Para beber, só comprando.

– Não sei como a conta chega se não há abastecimento? – questiona.

Cansados de sofrer, alguns moradores fizeram ligações diretas da represa. Nessas casas não falta água.

A irregularidade ocorre porque a represa não tem vigilante há três anos. O funcionário recebeu a aposentadoria e o local ficou abandonado. Com isso, a estação é utilizada por vândalos como tiro ao alvo.

Casan também espera pela chuva

O agente regional da Casan, Carlos Alberto Coutinho, informou que várias localidades da região metropolitana estão com problemas no abastecimento devido à estiagem. Isso ocorre porque alguns bairros são atendidos por pequenas represas, como o Morro do Quilombo.

– Colocamos uma bomba de recalque para desviar parte do sistema integrado de abastecimento, mas só durante algumas horas. Nossa esperança é que amanhã (hoje) já tenha chuva na região.

A Casan informa que as famílias devem procurar caixas de água de acordo com o número de pessoas na residência. Uma caixa muito pequena não atende a demanda de uma família de porte médio. Hoje, a água é liberada à noite para o abastecimento no Morro do Quilombo.
(Michael Gonçalves, Hora de Santa Catarina, 28/09/2006)

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