Cultivo de ostras volta a aumentar

O cultivo de ostras em Florianópolis pode ter sua produção aumentada entre 10 e 15% esse ano, total que seria insuficiente para recuperar o setor da crise em 2005, quando a temperatura elevada das águas prejudicou a atividade, provocando uma quebra de 23% na safra. A informação é do coordenador de maricultura e pesca da Empresa de Pesquisa e Extensão Agropecuária (Epagri), João Guzenski.

Em 2004, foram coletadas 2,5 mil toneladas de ostras na áreas de cultivo de Florianópolis, principalmente em Santo Antônio de Lisboa e Ribeirão da Ilha, caindo no ano passado para 1,9 mil toneladas. “A previsão é de que esse ano a produção seja de 2,2 a 2,3 mil toneladas”, destaca Guzenski, volume ainda inferior ao verificado em 2004. “A boa temperatura das águas esse ano está garantindo uma recuperação paulatina no cultivo de ostras”, salientou o técnico da Epagri. En-quanto a ostra se recupera da quebra ocorrida em 2005, o mexilhão (marisco) teve sua produção aumentada no ano passado, chegando ao recorde de 12,2 mil toneladas.

Os produtores de mexilhões estão se valendo de coletores artificiais instalados em diversos pontos da cidade, mas ainda aguardam a assinatura de um um termo de ajustamento de conduta que vai permitir a extração seletiva nos costões por um prazo de dois anos.

Por outro lado, a Epagri e a Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca (Seap), órgão do Governo Federal, iniciam no final do mês um trabalho de monitoramento da qualidade das águas de cultivo de moluscos, observando principalmente a presença de coliformes fecais. O serviço vai durar cerca de oito meses e será desenvolvido em diversas áreas do litoral catarinense.
(Celso Martins, A Notícia, 19/09/2006)