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Aeroporto ainda sem novo traçado

Seguem indefinidas as discussões entre Ministério Público Federal e Empresa Brasileira de Infra-estrutura Aeroportuária (Infraero) sobre o traçado da via de acesso ao novo terminal do Aeroporto Internacional Hercílio Luz. O projeto arquitetônico está pronto, os recursos foram assegurados para o início das obras, mas a liberação da licença ambiental ainda é um incógnita.

Ontem, o procurador-chefe da República, Walmor Alves Moreira, o presidente da Câmara de Vereadores, Marcílio Ávila, e o prefeito de Florianópolis, Dário Berger, discutiram alternativas que, possivelmente, serão debatidas na audiência pública que está marcada para o próximo dia 16, às 19h, na sede da Federação das Indústrias de SC, na Capital. A Infraero não participou desse encontro porque não sabia de sua realização, informou a assessoria de comunicação da empresa.

De acordo com Moreira, que acompanha o desenvolvimento do projeto desde setembro de 2004, o traçado proposto pela estatal agride a nascente do Rio Tavares e mangues no entorno do estádio do Avaí, a Ressacada, além de prever gastos que poderiam ser dirimidos com soluções econômicas.

Ainda em 2005, a Infraero previa investimento de R$ 33 milhões na construção de uma via de cinco quilômetros. Ela margearia a Ressacada, passaria pelos loteamentos da região, entraria na área contestada pelo Ministério Público Federal em SC como de preservação permanente, cruzaria a cabeceira 32 da pista principal e seguira até o novo terminal que, pelo projeto, será erguido no lado Sul dessa pista.

Para o procurador-chefe da República, a alternativa mais viável será a duplicação da atual via de acesso ao aeroporto, com a liberação da estrada da Base Aérea de Florianópolis e o cruzamento da cabeceira três da pista velha. A reunião com o legislativo e o executivo municipal, afirmou Walmor Moreira, serviu para ver a possibilidade de o município doar terras ou prover soluções ao encontro dessa proposta.

– Sinceramente, não sei qual o interesse da Infraero. Será um gasto maior e que gerará especulação imobiliária ao longo desses cinco quilômetros – denunciou.

Obras podem custar até R$ 311 milhões

Dário Berger, por sua vez, afirmou que, a partir de agora, a municipalidade participará das discussões como uma mediadora para encontrar a melhor alternativa.

– É evidente que a cidade é a maior prejudicada com essa situação – analisou o prefeito.

O novo terminal aeroportuário da Capital terá capacidade para receber até 2,7 milhões de passageiros por ano, o triplo do atual. Serão construídas novas áreas de manobra das aeronaves, cujo pátio poderá receber até 12 aviões (hoje são, no máximo, cinco em operação).

Inicialmente, a Infraero previa investir R$ 278 milhões, mas, segundo o MPF/SC, o acesso de cinco quilômetros proposto pela estatal, se aprovado, pode elevar esse montante para R$ 311 milhões. O superintendente do Hercílio Luz, Valdeci Arcanjo Novaes, disse, recentemente, que o investimento gira em torno de R$ 295 milhões.

-O MPF/SC entende, no entanto, que uma obra pública deve ser realizada da maneira mais barata e com eficiência. Nossos peritos vão questionar isso na audiência no dia 16 – adiantou Moreira.
(Felipe Faria, DC, 05/08/2006)

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