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Da coluna de Henrique Ungaretti (A Notícia, 19/06/2006):

No início da semana passada mencionamos um estudo das pesquisadoras Ludmila Alves e Renata Silva, da Univali. A dupla fez entrevistas com funcionários de hotéis do centro de Florianópolis e concluiu que 65% deles nunca tinham feito um curso de capacitação profissional na área.

Custo

Logo depois da publicação da nota, a assessoria de imprensa do Cecomtur Executive Hotel, de Florianópolis, resolveu investigar e descobriu que só 20% dos funcionários do estabelecimento passaram por cursos especializados. Para driblar a deficiência do mercado, o hotel realiza treinamentos periódicos com os funcionários. Na semana passada, um consultor esteve no Cecomtur ensinando à turma normas de procedimento na recepção, na cozinha etc.

Paradoxo

Porém, mais de mil alunos ingressam nos cursos de nível superior de Turismo (ou área relacionada, como eventos, gastronomia e hotelaria) das faculdades da Grande Florianópolis, todos os anos. Há em torno de 20 estabelecimentos desse tipo na Capital. Grande parte da turma, depois de graduada, acaba buscando emprego fora da região. Outros se sujeitam a trabalhar sem perspectivas animadoras de crescimento nas organizações. E outra boa parte desiste.

Gala

Problemas e soluções do mercado vão ser debatidos, em Florianópolis, a partir de 29 de junho, durante o Encontro Catarinense de Turismo 2006. O Ecatur reúne eventos simultâneos em diversas áreas ligadas ao turismo. A iniciativa é da Associação Brasileira da Indústria Hoteleira (Abih). A turma está prometendo debate franco sobre o assunto.

Nomes

A arquiteta especialista, com escritório em Florianópolis, Maria Lúcia Mendes Gobbi, vai falar sobre a necessidade de atualização da ambientação dos estabelecimentos em seminário chamado “Seu hotel é assim?” Já o jornalista paulistano Carlos Alberto Sardenberg, do jornal O Estado de S. Paulo e da rádio CBN, vai falar sobre a importância do turismo na atividade econômica brasileira. Acadêmicos também vão ter espaço para exposições.

Gaúchos e paranaenses

No Ecatur 2006, as agências de turismo vão apresentar pacotes para a região Sul. Destaque para roteiros curtos e integrados com Estados e países vizinhos. A conferir a originalidade das propostas. A turma está mais consciente de que é preciso profissionalizar e melhorar as rotas regionais. Gaúchos, paranaenses e os próprios catarinenses somam 86% dos turistas que praticaram turismo em Santa Catarina durante a última temporada de verão. Dados saídos do forno da Santur.

Espertinho

No site da Santur, há cerca de 90 dicas de pacotes turísticos estaduais. Para chegar lá, o endereço é www.sol.sc.gov.br/santur. O internauta desavisado pode acabar acessando www.santur.com.br. Não tem nada a ver. O endereço leva ao site de uma pousada em Bombinhas. A turma se aproveitou do nome do órgão oficial de Turismo do Estado e registrou o domínio comercial.

Dificuldade

É preciso cuidado antes de sair defendendo que o turismo, por si só, garante o crescimento econômico e social das regiões com potencial, gerando empregos e distribuição de renda. Nem sempre os benefícios do turismo têm sido significativos para as populações locais. Empreender no setor parece requerer volume de dinheiro que só grandes investidores têm. A mão-de-obra costumeira recebe baixos salários e enfrenta longas jornadas de trabalho.

Insustentável

O turismo de Florianópolis se fundamenta na exploração da instável temporada de verão. A população residente sofre com o aumento do custo de vida no período e abre mão da soberania sobre o espaço natural, cultural e social. Na Capital, o turismo tem avançado principalmente na base de empreendimentos isolados. Nesse modelo, não há mesmo perspectiva para a valorização da mão-de-obra qualificada. A taxa média anual de ocupação na rede hoteleira estadual é 13% menor, hoje, do que em 1996.

Quem sabe

Um bom conceito de turismo envolveria a exploração consciente do setor, organizado e planejado para ter continuidade ao longo de gerações. Seria um modelo de desenvolvimento criado para assegurar o bom padrão de vida da comunidade local, com geração de renda e oportunidades, proporcionando satisfação ao turista e preservando o ambiente do qual todos dependem.

Olho vivo e faro fino

Falar em indústria limpa, sem chaminé, pode mascarar alienação dos efeitos ambientais negativos da expansão desenfreada do turismo.

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1 Comentário

  1. Alceu disse:

    M A N É Z I N H O O D I L H O
    O personagem Odilho é a cultura viva do manézinho da Ilha. Com seus hábitos, crendices, amor à natureza e a tudo o que Florianópolis oferece.
    Mesmo com o surgimento da tecnologia, dos prédios e com o crescimento desenfreado da cidade ele prefere o fogão à lenha às microondas, o “raidinho” a pilha ao home-theater. Acredita fielmente nas benzeduras e bruxarias.
    Odilho é um retrato fiel da cultura da Ilha, que surgiu na década de oitenta, realizando apresentações desde então. Seus shows são repletos de muita irreverência e humor, sempre com interação com o público e adaptando textos ao tema proposto.
    O manezinho é interpretado pelo ator Alceu Ramos Conceição, filho e neto de moradores da Ilha. Além de shows, eventos e voluntariado o personagem teve participação recente no Jornal do Almoço, da RBSTV, onde venceu o quadro Cara do Verão. (em anexo DVD com trabalho exibido entre dezembro de 2007 e maio de 2008).
    Odilho é contemporâneo, aceitas as mudanças na tecnologia, a evolução industrial, desde que preservada a identidade do ilhéu. Ele aceita conviver com a modernidade, mas sem perder de vista sua raiz. Tem personalidade forte, sem papas na língua, conhece as coisas da atualidade, ama e defende com intensidade a cultura açoriana. Seu principal objetivo é manter religiosidade, gastronomia e folclore do povo que colonizou Florianópolis há quase trezentos anos.
    Odilho veio com a missão de conscientizar a sociedade em geral e não só resgatar, mas também manter essa cultura. Nossa cultura é nossa identidade.
    CONTATOS PARA APRESENTAÇÕES: (48) 8427-4928 odilhoconceicao@gmail.com

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